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Com aposta no futuro, Mercedes-Benz comemora 60 anos no Brasil

Empresa aposta no longo prazo e segue com investimento de R$ 730 milhões

O desanimado ritmo dos negócios no mercado automotivo brasileiro não impediu a Mercedes-Benz de comemorar seu aniversário de 60 anos no País. Na quinta-feira, 28, a empresa iniciou os eventos que marcam a data na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), onde são feitos caminhões e ônibus. Além da diretoria da montadora no Brasil, participaram da comemoração Wolfgang Bernhard, membro do conselho de administração da Daimler responsável pela divisão de caminhões e ônibus, e Stefan Buchner, presidente da Mercedes-Benz Caminhões.

“Vai demorar pelo menos entre 3 e 4 anos para voltarmos ao patamar recorde registrado em 2011. Mas estamos pensando no longo prazo, por isso mantemos os nossos investimentos no País”, declarou Bernhard. A empresa aplica R$ 730 milhões na operação nacional de veículos comerciais até 2018. O aporte integra o pacote de R$ 1,3 bilhão que também atendeu a construção da fábrica de automóveis Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP), inaugurada no último mês de março. Depois deste aporte, no entanto, não há previsão de que novo pacote seja definido tão cedo. “Não estamos discutindo nada por enquanto, mas temos de lembrar que, neste momento, muitas empresas estão revendo os investimentos e nós mantemos os nossos”, diz Bernhard.

“Depois de anos fortes, o Brasil enfrenta tempos difíceis. Esta não é a primeira crise que passamos aqui e pode ser também uma oportunidade, já que a situação nos força a enfrentar nossas fraquezas e buscar competitividade”, declara. Apesar do tom ameno, o executivo segue a mesma linha defendida por Philipp Schiemer, presidente da companhia no Brasil, ao atribuir ao governo completa responsabilidade pela crise atual.

A empresa usufruiu de juros subsidiados pelo BNDES no financiamento de veículos comerciais para alcançar os picos de vendas de caminhões e ônibus nos últimos anos. Depois que o período de incentivos generosos para a indústria ficou para trás, a companhia se posiciona claramente a favor de uma troca de gestão no País. “O Brasil precisa de um governo verdadeiramente respeitado pela população e pelas empresas. Só com solução para a crise política nós resolveremos a crise econômica”, defende Wolfgang.

Para Schiemer, a dificuldade que o País enfrenta foi forjada internamente com má administração e política econômica equivocada. “É uma crise desnecessária enquanto o resto do mundo cresce”, reforça. “Nos últimos meses a previsibilidade do mercado nacional tem sido de uma semana.” Segundo o executivo, além de ter freado os negócios da montadora, a situação tem consequências severas para os parceiros da empresa na cadeia de suprimentos e na área de distribuição. “De qualquer forma, acreditamos no potencial para sair dessa crise e estamos trabalhando para isso”, aponta.

LONGA TRAJETÓRIA  

Ao mesmo tempo em que alerta para a situação difícil no curto prazo, a Mercedes-Benz mostra orgulho da longa história no Brasil e aposta no futuro. “Fizemos parte do desenvolvimento econômico do País”, diz Schiemer. Ele lembra que, em 1956, a companhia começou a fazer os primeiros veículos nacionais a diesel como um dos grandes marcos deste processo. “No Brasil, quatro em cada 10 caminhões em circulação são Mercedes-Benz. No segmento de ônibus lideramos as vendas desde que chegamos”, destaca.

Para contrastar com as inovações do passado, a empresa aproveita seu aniversário de 60 anos e mostra pela primeira vez no Brasil o Future Truck 2025, conceito de caminhão autônomo que antecipa a ambição da empresa de produzir em série veículos de grande porte com a tecnologia já na próxima década. Stefan Buchner adiantou, no entanto, que para a novidade chegar ao País seria necessário grande avanço e modernização das estradas e rodovias. Schiemer ameniza e garante: “Mesmo que demore um pouco mais, a tecnologia vai chegar ao mercado nacional.”

Hoje a linha de produtos vendida localmente já incorpora tecnologias importantes de assistência à direção, principalmente no Actros, modelo mais pesado e tecnológico da gama. A estrutura local da empresa soma duas fábricas de veículos comerciais: em São Bernardo do Campo (SP), onde também são produzidos eixos, motores e transmissões, e em Juiz de Fora (MG), que concentra a operação de soldagem e pintura das cabines de caminhões. Há ainda a recém-inaugurada planta de automóveis em Iracemápolis (SP).

Fonte: Automotive Business