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Com produção maior, Scania quer vender mais no último trimestre
Montadora pretende zerar pedidos atrasados de caminhões Euro 5 em setembro
A Scania parece ter saído do ambiente nebuloso provocado pela falta de componentes. Depois de reduzir o ritmo de vendas e perder parte da fatia importante que detinha no mercado brasileiro por causa da turbulência dos semicondutores, a montadora agora afirma que retomou uma condição de capacidade plena de produção e, assim, está de volta ao mercado revigorada.
De acordo com o diretor de vendas Alex Nucci, a partir de maio a empresa conseguiu estabilizar o fornecimento de chips à operação brasileira, um trabalho que envolveu a participação da matriz sueca. Com a entrega do insumo crítico voltando à regularidade, a montadora passou de um produção diária de 40 caminhões para cerca de 110.
“Com este volume conseguiremos não apenas atender aos pedidos que haviam sido feitos anteriormente, como também ter espaço para vender um volume de vendas adicional no último trimestre”, disse o executivo na quarta-feira, 31. “Vamos zerar em setembro a fila de espera por caminhões que temos.”
Produção da Scania também atende demanda por Euro 5
O executivo disse que ainda há forte demanda por veículos equipados com motor Euro 5, ainda que a proximidade da vigência da norma Euro 6 (que entra em vigor para veículos pesados em janeiro de 2023) já movimente os departamentos de compras dos grandes frotistas que mantêm produção no país.
“Esperamos um movimento forte de pre-buy dos caminhões Euro 6 a partir de outubro, algo que na transição do Euro 3 para o Euro 5 aconteceu de forma mais antecipada. Desta vez, ainda há uma grande procura por caminhões Euro 5 e nossa intenção não é fazer estoque para vendê-lo em 2023. A demanda atual por estes modelos ainda é forte”, contou Nucci.
Linha Euro 6 confirmada na Fenatran
Foram citados clientes do agronegócio como os mais interessados em renovar a frota ainda este ano com os caminhões Euro 5 da companhia. Afora os negócios nessa área, a Scania espera que as vendas do semestre sejam turbinadas ao longo da Fenatran, feira que acontecerá em São Paulo, em novembro. A montadora confirmou que irá apresentar no evento sua linha de caminhões Euro 6.
Ainda que hoje seja maior o volume de veículos disponíveis para venda, e que a demanda seja vista como algo aquecido, a montadora não espera recuperar posições no mercado este ano, admitiu o executivo.
Com a falta de componentes, e a consequente redução do volume de produção, a empresa foi ultrapassada por outros competidores. Os dados da Fenabrave mostram que a montadora encerrou 2021 com a quarta maior fatia do mercado de caminhões, 12,25%. Em julho, no entanto, o levantamento mostrava a companhia na quinta posição, com 8,20%.