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Produção de caminhões: outubro tem segundo melhor resultado do ano
Mês teve 15,6 mil unidades e ficou atrás apenas de agosto; acumulado do ano já é maior que os 10 meses de 2021
A produção de caminhões atingiu em outubro 15,6 mil unidades, o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de agosto, que teve 23 dias úteis. O acumulado do ano somou 132,2 mil unidades, indicando alta de 0,2% sobre o mesmo período de 2021 e revertendo uma queda que persistia desde o primeiro quadrimestre como consequência da falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem.
Os números foram divulgados na terça-feira, 8, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A entidade realizou sua entrevista coletiva mensal dentro da Fenatran – feira de transporte que ocorre no São Paulo Expo até o próximo dia 11.
“A produção tem sido menos afetada por causa de uma relativa paz nos suprimentos. A crise nos semicondutores já é menos crítica, menos caótica”, afirma o presidente da Anfavea, Márcio Leite.
Além da demanda interna, as exportações continuam puxando para cima a produção local. Somente em outubro o País enviou 3 mil caminhões, 20,6% acima de setembro. No acumulado do ano foram 21 mil unidades, 10,6% a mais que no mesmo período de 2021. E como esses veículos têm custo elevado, também ajudaram no crescimento da exportação em valores, cuja alta ficou próxima a 40% no acumulado dos dez meses.
Caminhões grandes ocupam 77% das vendas
Um levantamento divulgado pela Anfavea mostra que a participação dos caminhões semipesados e pesados cresce a cada ano. Em 2018 os dois segmentos juntos alcançavam 69% do mercado nacional. Naquele ano eles somaram 41,6 mil unidades no acumulado até outubro. Em 2022, a fatia dos dois segmentos saltou para 77%. No acumulado do ano foram 80 mil unidades. Vale lembrar que os semipesados têm capacidade máxima de tração igual ou inferior a 45 toneladas e os pesados, acima desse peso.
Mercado total mantém pequena queda de 2,2%
Até outubro foram emplacados no Brasil 104 mil caminhões, total 2,2% menor que o de iguais meses de 2021. Essa queda pode ser revertida por causa da produção, que está mais regular, pela demanda aquecida e porque a Anfavea acredita em atingir a projeção total de 2,14 milhões de emplacamentos até o fim do ano. E os caminhões têm cooperado com os números recentes.
Um terço dos ônibus segue o Caminho da Escola
Entre janeiro e outubro, o Brasil emplacou 13,3 mil ônibus e anotou alta de 12,4% sobre igual período do ano passado. A participação do programa governamental Caminho da Escola esteve acima dos 30% em alguns meses de 2022.
“Podemos falar sem medo que o programa respondeu por um terço das vendas totais este ano”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini. No mês de outubro foram 33% de participação, acima dos modelos urbanos, que responderam por 27%.
Produção acumulada cresce 70%
A produção acumulada até outubro indica 26,9 mil ônibus e crescimento de 70% na comparação interanual. “Estamos desde julho superando as 3 mil unidades mensais. Este foi o segmento mais atingido e também o último a reagir. A demanda está sendo retomada com a mesma velocidade com que a sociedade vem saindo da pandemia”, afirma Bonini.
A produção também cresceu para atender à demanda externa. Nestes dez meses o Brasil enviou ao mercado externo 4,5 mil ônibus, anotando alta de 43,9% sobre o mesmo período de 2021. De acordo com a Anfavea, os principais compradores ônibus e caminhões feitos no Brasil são Argentina (29%), Chile (24%), Peru (18%) e Colômbia (7%).
Fonte: Automotive Business