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Renovado, caminhão a gás da Scania passa a ter 900 km de autonomia

Nova linha X-gas tem praticamente o dobro do alcance da versão de estreia da montadora no segmento

Há cinco anos, a Scania apresentava ao mercado doméstico o seu primeiro modelo de caminhão movido a gás. Silvio Munhoz, então diretor de vendas da montadora, respondia aos presentes no lançamento, com um certo ar de incerteza, a uma pergunta óbvia àquela época: quando o Brasil teria estrutura de abastecimento para viabilizar operações de longa distância desse modelo de caminhão?

Passou o tempo e pouco mudou nesse sentido. A oferta de gás segue restrita aos grandes centros e entre eles não há estrutura de abastecimento que estabeleça conexão entre as cidades. As vendas do caminhão a gás Scania, portanto, não decolaram porque ficaram restritas às operações em trajetos curtos, em testes de clientes que não extrapolavam os seus 500 quilômetros de autonomia.

Nesse tempo, a empresa também buscou costurar parcerias com fornecedores de gás no sentido de que fosse possível expandir a rede de postos com a oferta do combustível em regiões do interior do país.

Pouco se avançou a respeito do tema, ou pelo menos não na velocidade que a Scania gostaria que acontecesse, de forma que não restou outra alternativa senão aumentar o alcance do modelo de caminhão a gás para que ele pudesse ir de um grande centro a outro sem precisar parar no meio do caminho para abastecer.

Caminhão a gás da Scania tem 900 km de autonomia

Surgiu então a linha X-gas, apresentada pela montadora na segunda-feira, 26, em Piracicaba (SP). A família de caminhões, que terá versões com as potências 280, 340 e 410 cavalos, tem autonomia de 900 quilômetros – 400 km a mais do que a versão de estreia da Scania no segmento de gás.

O alcance maior foi possível aumentando a quantidade de cilindros que armazenam o combustível no chassi dos veículos. São 16 tanques, oito de cada lado, com capacidade que varia entre 118 e 95 litros. No caminhão a gás lançado anteriormente pela Scania, eram oito tanques no total.

A fabricante afirma que o modelo nasce de uma demanda de clientes que, na esteira da agenda ESG, precisam reduzir as emissões de carbono em suas operações de longa distância. Com o X-gas isso passa a ser possível, considerando que o nível de emissões do propulsor a gás da montadora se equivale ao estabelecido pela norma vigente Euro 6.

Ainda que a questão da autonomia tenha sido, em tese, resolvida com os cilindros extras, existem outros pontos de atenção a respeito do modelo a gás da Scania. Um deles é o fato do X-gas ser um modelo de chassi rígido – não haveria, portanto, espaço físico em uma eventual versão cavalo mecânico, o que limita a quantidade de carga a ser transportada na comparação com um cavalo mecânico.

De qualquer forma, a capacidade de carga do X-gas não deixa de ser relevante. Na composição com um implemento do tipo Romeu e Julieta (quando há um reboque acoplado ao caminhão), o veículo está homologado para transportar até 56 toneladas.

O X-gas entra na operação comercial da Scania a partir do último trimestre do ano, e há, inclusive, a possibilidade de que uma nova versão, com motor de 460 cavalos de potência, seja acrescentada à linha até o começo do ano que vem.

Fonte: Automotive Business