Cabines suplementares para caminhões

Atendimento Online
(34) 99106-9200

Notícias

Startups de carga expressa estão mais adiantadas na eletrificação

Companhias já realizam entregas com veículos elétricos e conquistam clientes varejistas

As empresas de transporte urbano europeias e norte-americanas correm para operar com veículos elétricos nas entregas rápidas nas cidades para varejistas e consumidores. A ideia é ganhar mercado antes que transportadores gigantes façam o mesmo.

As informações são da Reuters. A Liefergrun (Alemanha), a Zedify e a Packfleet (Reino Unido) e a DutchX (com sede em Nova Iorque) estão explorando a necessidade dos varejistas de atingirem as metas ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG) e de redução de emissões.

Coletivamente, as startups de entrega com emissão zero faturam cerca de US$ 1 bilhão, de acordo com o Pitchbook e dados coletados pela Reuters.

Grandes courier estão mais atrasados na eletrificação

Eles esperam conquistar participação de mercado nos próximos anos, enquanto os líderes do setor ainda se preparam para o uso de veículos elétricos.

A FedEx, por exemplo, deve ter uma frota zero emissões em 2040. A DHL afirma que 60% de sua frota de entrega será elétrica até 2030 e a Amazon planeja ter 100 mil caminhões elétricos Rivian em serviço neste ano. Já a UPS espera que 40% de seus veículos de entrega funcionem com combustível alternativo até 2025.

Com tecnologia própria de roteamento para entregas urbanas e suburbanas, estas companhias pequenas devem crescer e, ao mesmo tempo, manter os preços baixos num mercado competitivo, o que também poderia torná-las alvos de aquisição.

“Ninguém quer pagar mais por entregas sustentáveis”, disse Niklas Tauch, CEO da Liefergrun, com sede em Berlim, que faz entregas em grandes cidades da Alemanha e da Áustria e tem os varejistas de moda H&M, Inditex e Hello Fresh entre seus clientes.

A H&M, o segundo maior varejista de moda do mundo, disse que está intensificando uma série de iniciativas ESG “através de uma variedade de parcerias como aquela com a Liefergrun”.

A transportadora abre complexos de distribuição nos centros das cidades. Em seguida, contrata entregas a terceiros que operam vans elétricas da Mercedes-Benz ou da chinesa Maxus.

A Liefergrun faturou € 15 milhões (US$ 16 milhões) e a expectativa é de crescimento maior da receita no próximo ano.

Até agora, a Europa provou ser um terreno mais fértil para entregas com emissões zero. Mas em Nova York, a DutchX está lançando um novo serviço para trazer pequenos contêineres carregados para Manhattan por balsa e, em seguida, carregá-los em bicicletas elétricas de carga Fernhay para entregas na cidade, disse o cofundador da DutchX, Marcus Hoed. A empresa usará as bicicletas para entregar pacotes para seus clientes – que incluem Amazon Fresh e Whole Foods.

A receita da DutchX deve aumentar em mais de um terço, para cerca de US$ 40 milhões este ano. A empresa lançará operações na Filadélfia este ano e em mais três ou quatro cidades nos EUA em 2024.

O desafio para as startups é que a expansão é difícil. Muitos utilizam veículos menores do que o típico caminhão de entrega, o que reduz as margens de lucro porque é difícil crescer em entregar para compensar mão-de-obra e outros custos.

“A entrega no último trecho é um negócio muito implacável”, disse Sven Etzelsberger, CEO da URB-E, com sede na Califórnia, que fabrica contêineres de carga para bicicletas elétricas.

Sucesso desperta interesse das grandes empresas

O especialista em logística da Universidade do Tennessee (EUA), Thomas Goldsby, disse que embora as grandes transportadoras como a FedEx, UPS e DHL desfrutem de enormes vantagens de escala, as empresas regionais podem ter sucesso.

“Quanto à ameaça que estas startups representam, certamente as operadoras estabelecidas estão de olho nestes desenvolvimentos”, disse Goldsby. “Eles também estão propensos a adquirir qualquer provedor de serviços que esteja fazendo algo realmente legal”.

A startup de entrega por bicicletas elétricas de carga do Reino Unido, Zedify, está em 10 cidades. A empresa deve iniciar a operação em mais sete nos próximos seis meses e já entrega pacotes para grandes empresas como a FedEx, juntamente com sua crescente base de varejistas.

“Adicionar mais cidades traz contratos nacionais de varejistas, que duplicarão as entregas da Zedify para 2 milhões de pacotes este ano e quadruplicarão para 8 milhões em 2024”, disse o CEO Rob King.

Dentro de quatro anos, o Zedify pretende estar nas quase 50 cidades do Reino Unido com mais de 100 mil habitantes. “Provamos que em volume ganhamos dinheiro e somos realmente eficientes”, disse King. “Mas chegar a essa escala é o desafio que qualquer um terá”.

Fonte: Automotive Business