Cabines suplementares para caminhões

Atendimento Online
(34) 99106-9200

Notícias

Volvo espera alta no mercado de caminhões de 10% a 15% no Brasil

Montadora, que atua no segmento de veículos acima de 16 toneladas, comercializou 19,6 mil unidades em 2023

Com a perspectiva de melhora da economia brasileira, o mercado de caminhões acima de 16 toneladas deve acelerar as vendas. Para o presidente da Volvo para a América Latina, Wilson Lirmann, este ano a estimativa da marca é de alta de 10% a 15% nos licenciamentos sobre os 81,6 mil emplacamentos de 2023.

Segundo ele, os pontos positivos que devem impulsionar o mercado e a economia são as commodities, que seguem em alta, queda na taxa de desemprego e, com isso, aumento da renda e do consumo. A inflação em rota de baixa deve permitir queda da Selic, além do crescimento do turismo.

“Sempre há pontos de atenção, como o volume da safra, que será menor que no ano passado, mas ainda sim será grande. Temos os juros ainda em nível elevado e principalmente os de longo prazo, a elevação de custos de materiais e de logística, que ainda não cessaram com as tensões geopolíticas, e queda da economia na China e Europa. Mas, com todos esses fatores, a nossa estimativa e de alta nos licenciamentos de caminhões”, afirmou o executivo.

No ano passado, a montadora comercializou 23,6 mil caminhões na região, sendo 19,6 mil no Brasil. Esse volume no país representou 84% da produção do complexo de Curitiba (PR).

“Em 2023, sabíamos que teríamos uma redução de volume em função da nova tecnologia de motorização no Brasil. Mas tivemos avanços. A nossa participação no mercado latino saiu de 24,6% para 23,9%, em 2023, não caiu muito e mantivemos a liderança no Brasil, Peru e conquistamos o primeiro lugar no Chile”, disse o executivo.

Assim como as vendas de pesados, o faturamento da Volvo no mercado latino-americano teve uma redução. A receita da companhia na região foi de R$ 19,7 bilhões, queda de 9% no comparativo com 2022.

“Esperamos que este ano seja melhor em termos de faturamento. Vamos trabalhar para mantermos a liderança no segmento acima de 16 toneladas.”

Segundo Lirmann, com a capacidade instalada no Brasil e a alta nas vendas nos mercados externo,s a Volvo exportou muitos componentes. No ano passado, a fabricante enviou 2.781 caixas de câmbio, 2.953 cabines e 8.595 blocos de motor.

Ganho de participação em financiamento

Dos negócios feitos na região, principalmente no Brasil, a Volvo, por meio da Volvo Financial Services (VFS) financiou R$ 6,8 bilhões e obteve 43% de participação no mercado. Segundo o presidente da financeira, Carlos Ribeiro, a falta de crédito no país fez com que a companhia ocupasse o lugar de bancos comerciais nos negócios no Brasil.

“Foi o melhor ano da VFS no país”, disse Ribeiro.

De acordo com o executivo, dos contratos firmados ocorreu uma mudança no mix de linhas de financiamento. Até o início da queda da taxa Selic, 60% dos empréstimos eram feitos via CDC e 40% por Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“À medida em que os juros foram caindo, essa relação se inverteu, passou para 55% via Finame e 45%, via CDC.”

A carteira de ativos ficou em R$ 22 bilhões, alta de 20%.

Fonte: Automotive Business